quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Semana Acadêmica da FIC

Eu me formei em 1992 na FAFIC - Cataguases. Atualmente, a FAFIC chama-se FIC (Faculdades Integradas). Estive lá, recentemente, oferecendo uma pequena oficina de quadrinhos para alunas do curso de pedagogia. Agora, dia 03 de novembro, estarei retornando para aplicar um mini-curso sobre quadrinhos e ensino.

O curso vai ter duas partes. Na primeira eu contextualizo as Histórias em Quadrinhos, do seu surgimento até os dias atuais e na outra eu dou sugestões de como usar quadrinhos, indico bibliografias e espero poder responder perguntas e trocar experiências com os participantes. Estou ansiosa pela experiência.

A programação de mini-cursos está multo boa. A Semana Acadêmica da FIC começa dia 03 e vai até dia 06. Na imagem ao lado está a programação, é só clicar e conferir.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

História e arte no cemitério de Leopoldina

Há cerca de 10 anos atrás eu fiz um curso de extensão em arqueologia. Uma das matérias que estudei foi justamente sobre o valor histórico-arqueológico dos cemitérios. Sempre tive muita curiosidade acerca deste espaço sagrado, que a muitos desperta tristeza e desolação, em outro temor e repulsa. Da minha parte, os cemitério são um espaço do sagrado, uma espaço de homenagem aos que já não estão mais conosco. Em seu aspecto estético, me arrisco a ser mal entenda ao dizer que acho cemitérios - aqueles tradicionais, com jazidos, capelas, túmulos decorados, etc -, muito bonitos.

Em algumas partes do mundo, os cemitério - muitos deles verdadeiras necrópoles - , são espaços de visitação turística disputadíssimos. Já tive oportunidade de visitar alguns fora do Brasil e lamento o fato de muitas pessoas, ainda hoje, discriminarem este espaço (visite virtualmente o famoso Cemitério de Père Lachaise, na França, e confira o que eu estou dizendo, clicando aqui. É uma excelente dica do amigo Antônio Dutra).

Em Leopoldina, por exemplo, causei um grande espanto quando, na sexta-feira, dia 17 de Outubro, resolvi caminhar pela manhã, com minha máquina fotográfica e passear pelo Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo.

Apesar do nosso cemitério não ser um dos mais bonitos da região, há nele belas esculturas, túmulos feitos com mármores nobres e uma grande gama de informações sobre as famílias da cidade. Observar túmulos antigos pode ser um exercício interessante. As estátuas de anjos e santos se destacam e dão um ar sereno ao ambiente. Eu particularmente gostaria de poder levar meus alunos ao cemitério. Mostrar a eles onde estão descansando as pessoas que ajudaram a construir a nossa cidade, mostrar os túmulos de nossos personagens ilustres, com Augusto dos Anjos e Ribeiro Junqueira. Aliás, um exercício legal seria encontrar os túmulos das pessoas que hoje tem seus nomes em ruas.

Enfim, quem sabe eu não consigo, um dia uma oportunidade de fazer este passeio "histórico" como meus alunos no cemitério da cidade? Afinal, a história dos ritos fúnebres faz parte da nossa história social. Uma dica que recebi outro dia foi o livro “A morte é uma festa”, de João José Reis, é uma publicação da editora Companhia das Letras. O autor, um dos historiadores brasileiros mais prestigiados, e estuda como o homem percebe a morte e suas atitudes em relação ao término da vida, a partir de um episódio ocorrido na Bahia, no século: revolta da Cemiterada.

Até o século XIX, em muitas partes do Brasil, os velórios aconteciam nas residências dos mortos, e havia a convivência do vivo com o morto no ambiente religioso. Mas na cidade de Salvador, uma lei garantiu a uma empresa privada o monopólio dos sepultamentos por um período de 30 anos. A população reagiu destruindo o cemitério porque os enterros não seriam mais realizados nas igrejas.

Fico imaginando as histórias que envolvem os cemitérios da minha região, marcada pela escravidão, pela religiosidade e pelo apego aos ritos. Seguem algumas fotos que fiz no cemitério.

sábado, 4 de outubro de 2008

Mais uma participação em artigo

Bom, notícia boa a gente tem que passar. Pois é, eu me lembrei que participei como tradutora de um artigo para o Prof. Dr. Abdeljalil Akkari e para o Prof. Doutor Maurice Tardif que estava para ser publicado em um livro da Editora Junqueira & Marin. Fui conferir e, para minha grata surpresa o livro já está anunciado entre os lançamentos.O texto está no livro Gestão Educacional: questões contemporâneas, organizado por Célia Maria Guimarães e Arilda Inês Miranda Ribeiro. O texto que eu traduzi chama-se Alternância, formação prática e organização curricular: por uma visão coletiva da formação de professores. O lançamento oficial do livro irá ocorrer durante o encontro da ANPED, no dia 21 de outubro.

Saiba mais sobre os autores:
Abdeljalil Akkari
Docente da universidade de Genebra. Dirigiu o setor de pesquisas da Haute Ecole Pédagogique Berne-Jura-Neuchâtel (Suisse). Seus principais trabalhos de pesquisa enfocam a educação das minorias culturais, a análise das desigualdades educativas e a internacionalização das políticas educativas.

Maurice Tardif
Atualmente é Reitor da Haute Ecole Pédagogique Berne-Jura-Neuchâtel (Suisse). Foi professor da Universidade de Montreal onde dirigiu o CRIFPE – Centro de Pesquisa Interuniversitária sobre a Formação e a Profissão Docente. Seus trabalhos de pesquisa enfocam o trabalho docente, sua evolução e análise das reformas da formação docente.

A Junqueira & Marin é uma editora que iniciou suas atividades em 1995, com a proposta de publicar obras que pudessem colaborar com a educação no país, voltadas para os que pensam e fazem educação.Publicou livros na área de educação e formação de professores e lançou uma coleção, a Coleção Escola, dedicada aos desafios das escolas brasileiras. A Editora mantém sua atuação na área da educação e, em 2006, ampliou sua atividade no mercado editorial, iniciando a edição de obras em outras áreas.

Bom lembrar que esta editora foi uma das patrocinadoras do nosso II Seminário sobre quadrinhos, leitura e ensino, tendo enviado diversos livros que foram distribuídos entre os participantes.

Artigo na Revista Praxis Educacional

Não posso reclamar do ano de 2008. Ele está sendo muito produtivo. Eu diria que o ano mais produtivo da minha vida. Publiquei vários textos em revistas e anais de encontros, isto sem contar com o livrinho que fiz junto com Lucilene Nunes. E ainda há prespectiva de novas publicações, se não para este ano para o nício de 2009.


Agora em outubro, um texto do qual participei como co-autora com o Dr. Prof. Abdeljalil Akkari está saindo pela revista Praxis Edicacional. A Revista Práxis Educacional é um periódico semestral do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacionais, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Segue o resumo do texto e a citação completa:

O ensino público e a formação de professores no Brasil: na direção de novas reformas curriculares

Este artigo examina a história da formação de professores no Brasil e aponta que o atual estado do processo de formação de docentes no país é produzido por meio de políticas públicas específicas. A baixa qualidade da educação pública expressa a falta de apoio aos profissionais de educação. Este artigo apresenta também um novo programa de formação de quadros de professores, na Suíça, baseado na estreita relação com as escolas locais.

AKKARI, Abdeljalil; NOGUEIRA, Natania A. S. . Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v.4, n.1, p. 11-48, jan./jun. 2008. ISBN 1809-0249.