sábado, 25 de junho de 2016

NASCENDO MAIS UMA GIBITECA EM LEOPOLDINA

Acervo já todo organizado por gênero e faixa etária na Gibiteca Municipal

Em alguns dias será inaugurado o primeiro espaço cultural de Leopoldina, o Centro Cultural Mauro Almeida Pereira, que está localizado bem no centro da cidade, ao lado da Praça Félix Martins. Além de abrigar a biblioteca municipal, o centro ainda terá, dentre outras coisas, uma gibiteca.

Leopoldina é uma das poucas cidades no Brasil que possuí gibitecas escolares e agora terá também uma gibiteca pública, com espaço independente e acervo variado para atender a todas as faixas etárias. A iniciativa do projeto veio da Secretaria de Educação e foi acolhida pela Secretária de Cultura, Jussara Thomaz.

Pequena parte do acervo doado, ainda não organizado.

Antes que alguém venha dizer que eu sou a responsável, já me adianto em dizer que a ideia não foi minha. Sou mera colaboradora. Na verdade tudo começou com a doação cerca de 2000 revistas para a nossa Gibiteca Escolar. O doador, o quadrinista Alexandre Soares, gostaria que seu acervo fosse compartilhado com outros leitores. Pedi ajuda à prefeitura municipal para recolher as revistas, no Rio de Janeiro.

Veio então o pedido da Secretária de Educação, senhora Regina Lúcia Barbosa Brito: as revistas não poderia ser cedidas para a criação de uma gibiteca municipal?  Isso foi à cerca de um ano e meio. Agora estamos bem próximos de entregar a gibiteca à comunidade.

Completando 75 anos, a Mulher Maravilha 
tem um espaço especial na  nova Gibteca. 
Não deixem de conferir!

Além das HQs do quadrinista Alexandre Soares, somaram-se ao acervo inicial da gibiteca cerca de 800 revistas infantis, doadas pelo professor Anthony Oliveira. Já de início a gibiteca contará com cerca de 3100 exemplares de quadrinhos, de vários gêneros, para várias faixas etárias, contanto com HQs em cinco idiomas, além do português (espanhol, japonês, alemão, inglês e francês). Outras doações são bem vindas.

Não sou dona da ideia, embora tenha trabalhado na organização do acervo a pedido da Secretaria de Cultura. E também não trabalhei sozinha. Contei com a ajuda de alunos da E. M. Judith Lintz Guedes Machado (Felipe, Aldair, Arthur e Dalberto) e de alunos do Colégio Imaculada Conceição (Dias, Victor e Uliana). Eles doaram seu tempo para ajudar a organizar o acervo que ficará à disposição do público em breve.

Talvez algumas pessoas possam vir a indagar o porquê de se ter uma gibiteca no Centro Cultural. É um questionamento válido.

Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado ajudando na organização do acervo.

Gibitecas são espaços de cultura e lazer que incentivam a leitura e ajudam a desenvolver a criatividade. Além disso, elas dialogam com vários tipos de arte e podem se tornar um espaço de criação e desenvolvimento de talentos.

Gibitecas são também centros de estudo que envolvem as diversas disciplinas, da educação básica ao ensino superior. Leopoldina tem mostrado encontrada uma vocação no que diz respeito aos quadrinhos. Para Leopoldina, particularmente, ter uma gibiteca municipal é atender a uma demanda que vem crescendo a cerca de uma década.
Alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Imaculada Conceição ajudando na organização do acervo.
Somos a sede da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial, além de sermos uma poucas cidades brasileiras a ter gibitecas instaladas em escolas (atualmente quatro).  Projetos envolvendo HQs têm trazido bons resultados, inclusive prêmios nacionais para nossa cidade.

Para muitos, Leopoldina atualmente é uma referência nacional e recebe, a cada dois anos, diversos pesquisadores, das mais variadas áreas, para debater acerca do uso e do valor dos quadrinhos para nossa sociedade, para nossas escolas, para nossa história. Talvez, num futuro próximo, assim como Amadora (Portugal), Leopoldina também se torne a cidade dos quadrinhos e tenho certeza que a gibiteca que será inaugurada no nosso Centro Cultural terá uma enorme importância nesse processo.

Para aqueles que estão curiosos para ver como vai ficar a nossa Gibiteca, tenho certeza que vão se surpreender tanto com o espaço quanto com o acervo. 

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